segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Era uma vez um gato xadrez ou All we need is love

Sempre quis ser mãe.  Quem me conhece "das antigas" certamente já me ouviu dizer que eu não seria uma mulher realizada se não tivesse filhos.  No final de abril de 2003, eu descobri que estava grávida.  É impossível esquecer da emoção e da felicidade que senti naquele momento!  Eu chorava compulsivamente, não podia acreditar que realizaria o sonho mais importante da minha vida!

Emoção maior ainda foi escutar os batimentos cardíacos pela primeira vez - mais de 160 bmp, se não me engano.  Como era possível aquela pequena semente pulsar com tanta força dentro de mim?  Era o milagre da vida!

Outras emoções vieram com o desenvolvimento do meu bebê.  Por volta da 16ª semana de gravidez, o médico disse que eu esperava um menino  e, naquele momento, muito feliz e emocionada, ouvi uma voz sussurrando no meu ouvido: Leonardo.  E foi esse o nome que meu menino ganhou ao nascer.  Leonardo significa "forte, corajoso como um leão".  Que assim seja!

Amamentar foi uma das experiências mais prazerosas pra mim.  Alimentá-lo, vê-lo olhando nos meus olhos, sentir o toque daquelas mãozinhas delicadas foram emoções quase indescritíveis.  Sem contar todas as outras fases, os sorrisos, as risadinhas gostosas e todas as outras importantes conquistas como sentar, engatinhar, andar, começar a falar... cada fase tem o seu encantamento e a sua graça.  Por isso, acompanho tudo bem de pertinho.

Sou uma pessoa de sorte: além de forte, saudável, inteligente, espirituoso e, claro, lindo, o Leo é um filho muito carinhoso.  Ele me diz coisas lindas e a maneira como ele me olha, tão cheio de amor naqueles olhinhos, me dá ânimo pra encarar a vida aí fora.  Antes de ser mãe, eu já sabia que sentiria um amor gigantesco pelo meu filho. Mas não fazia ideia de que esse amor tão grande aumentaria mais e mais a cada dia.



Quando me separei de seu pai, ele passou a ir pra minha cama quase todas as noites.  Tenho sono leve e quando ouvia aqueles passinhos no meio da noite, já puxava as cobertas para recebê-lo.  No início, eu ficava preocupada, achava que ele poderia ficar mal acostumado.  Mas resolvi relaxar e aproveitar.  Porque tudo tem sua fase, seu ciclo.  Tudo passa. 

Teve uma época em que ele pedia pra eu contar historinha pra ele todas as noites.  Muitas vezes, pedia mais de uma história e com um detalhe bastante relevante: EU tinha que inventar as histórias - de improviso!  Às vezes eu podia "simplesmente" usar minha imaginação e criar meus personagens, meu roteiro; mas de vez em quando, ele escolhia os personagens e definia a sinopse dos roteiros... 

Num outro momento, eu passei a ler histórias pra ele.  Embora ele tenha muitos livros, teve uma fase em que ele cismava com um determinado livro, só podia ler aquele - consegui até decorar alguns trechos!  Agora ele já sabe ler (muito bem, por sinal), mas não abre mão de que eu me deite com ele e leia uma historinha pra ele antes de dormir.  Melhor de tudo é quando ele me abraça forte!  Mesmo com aqueles bracinhos pequenos e aparentemente frágeis, dá pra sentir todo o seu amor por mim.

No dia das mães, ele cantou na escola a música All we need is love, dos Beatles (banda que ele adora).  Enquanto eu me emocionava diante daquela apresentação linda e graciosa, pensei: será que precisamos de mais alguma coisa na vida além de dar e receber (muito) amor?  Fica a reflexão.

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