segunda-feira, 8 de julho de 2013

Insônia



Sangue corre
Coração pulsa
A cabeça gira

Procuro, no escuro,
Por caminhos, respostas

Abrir portas
Clareza
Inquietude me confunde

A dúvida do incerto
A incerteza da dúvida
A doce claridade da certeza

Luz, ilumina meu pensamento
Clareia minhas ideias
Mostra o caminho

Suave, aquieta meu pensamento
Acolhe e acalenta o meu coração

sábado, 22 de junho de 2013

Ilusão e Sonho



Não paro de pensar
Paro pra pensar
Suspiro

Olhos fechados
Lembro do toque quente e macio e molhado
O encontro do abraço
Me  alimento do pensamento

Suspiro
Bate a saudade
Cresce a vontade
Aumenta
Sedenta

Desejo explode
Tudo pode
Não paro de querer


(este poema brotou de uma semente)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Clara



E lá vai ela de novo. Sentindo velhas sensações que já não lhe fizeram bem num passado que nem está tão distante assim.  Liga o carro e desliga o som.  Melhor o silêncio.  Precisa desse tempo pra pensar.  E ao engatar a primeira marcha, se pergunta porque aquilo está acontecendo.  Afinal, ela já esteve nessa conhecida montanha russa de subidas empolgantes e descidas avassaladoras e não saiu de lá muito bem. 

Desta vez o contexto parecia diferente, embora os personagens fossem os mesmos.  Ou talvez o contexto fosse bem similar, mas, por conta de alguns detalhes no enredo da história, ela não tenha se dado conta de que não seria diferente.  Pode ser que ela acreditasse nas regeneração dos sentimentos, ou então... Pára!  É melhor parar de buscar causas para as consequências.  Pois esse é um caminho que não leva a lugar algum.

O trânsito está péssimo.  Véspera de feriado é sempre um embaço.  Com o carro parado, seu pensamento volta a percorrer outros pontos dessa história.  "Pah!" - dá uma porrada no volante.  Ela sabe que é melhor escolher uma nova rota.  O céu está lindo. Ao menor indício de lua no céu ela suspira.  Sempre.  E aí vem a inevitável lembrança do toque e da voz e do beijo. 

Ela precisa desviar daquele trajeto agradável e sedutor, porém sinuoso e um pouco obscuro. E quando uma sequência interminável de questionamentos, reflexões e conclusões evasivas invade o seu caminho como se fossem dezenas daqueles motoqueiros que passam voando e buzinando entre os carros, o farol abre. Então ela sai cantando pneus e corta tudo quanto é carro, deixando aquela rotatória de perguntas inúteis para trás.  Foge da inércia e do tédio da mesmice.  Anseia pela novidade e pela leveza do movimento.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

História de Ninar de Minuto


Sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013, por volta das 23h00.

Leo - "Mamãe, conta uma história pra mim?"
(mamãe cansada pensando)
Leo - "Pode ser sobre qualquer coisa que vier à cabeça."
(mamãe cansada pensando, agora um pouquinho mais rápido, até encontrar uma referência no quarto do Leo)
Eu - "Era uma vez uma bola.  Ela era muuuuito redonda.  Rolava de um lado pro outro.  E fim."

O sono se perdeu.  Mas o ataque de riso durou uns 15 minutos.