quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Doces Segredos da Vida



"Vou lhes contar um segredo: não lemos e escrevemos poesia por ser algo bonito.  Mas porque pertencemos à raça humana, que está cheia de paixão.  A poesia, a beleza, o romantismo e o amor são as coisas que nos mantêm vivos."  (Fala do Professor John Keating, personagem de Robin Williams no filme "Sociedade dos Poetas Mortos")

Li essa frase num jornal, poucos dias após o suicídio do ator Robin Williams. Imediatamente, voltei ao dia em que assisti àquele filme, ao lado de amigos queridos.  Lembro com clareza que todos saímos do cinema apaixonados pelo filme e, como de costume, paramos para comer e tomar algo. Falamos muito sobre o filme, que nos inspirou com sua beleza e poesia.  Com 20 e poucos anos, tínhamos aquele brilho no olhar que refletia a pulsação vibrante de nossos corações repletos de sonhos e esperança.

Deixei as doces lembranças de lado e retornei ao momento atual.  Tantos anos se passaram desde então... alguns sonhos foram realizados; outros, frustrados...  e foi então que me deparei com a seguinte constatação: eu não tenho mais tantos sonhos como antes.  

Bateu uma mistura de tristeza e preocupação.  E comecei a questionar: será que isso é normal? Será que as nossas experiências negativas endurecem nosso coração e se sobrepõem aos nossos sonhos? Ou será que, em decorrência do amadurecimento, fincamos mais os pés no chão e passamos a encarar a vida de forma mais realista (deixando os sonhos de lado)?

Ainda não encontrei a resposta para as minhas dúvidas; ainda não entendi onde foram parar todos aqueles sonhos que me faziam suspirar durante horas, dias a fio.  Mas reli a frase dita pelo personagem e concordei: precisamos, sim, da poesia, da beleza, do romantismo e do amor.  

É a beleza da poesia que traz leveza à dureza da vida.  É aquela pequena dose de romantismo que nos inspira a continuar amando. A poesia que enxergamos num olhar apaixonado; a beleza do sorriso de uma criança; o romantismo que exala do perfume das rosas vermelhas; o amor que promove o encontro de um gracioso beija-flor com o néctar da flor - isso é o que nos move!


(Dedico esse texto ao meu querido amigo Silvio "Magoo" Azevedo, um adorável sonhador)





Reflexões


Pensamento a milhão...
Pra onde eu vou?
Como vou?
Vou?
Ou voo?