terça-feira, 5 de outubro de 2010

Escorpianos olhos azuis

Era sábado à noite, início dos anos 60.  Wanda chegou ao clube, para se divertir no baile.  Esperava encontrar com Laudo, que havia marcado encontro com ela naquela noite.  Para sua surpresa, Euclydes apareceu no lugar de Laudo, dizendo que o amigo não poderia ir ao seu encontro.  Entre conversa e diversão, Wanda e Euclydes começaram a namorar.

Era sábado à noite, ainda início dos anos 60.  Wanda chegou ao clube, para se divertir no baile.  Dessa vez, acompanhada por sua irmã mais nova, Dirce.  Encontraram Euclydes e seu amigo Laudo.  Entre conversa e diversão, Dirce e Laudo começaram a namorar.

Wanda e Euclydes casaram-se alguns anos depois e tiveram uma linda menina escorpiana, de olhos azuis, cabelos loiros e cacheados: Vânia.  Dirce e Laudo casaram-se um ano mais tarde e tiveram uma menina escorpiana, de olhos e cabelos castanhos: eu!

Vânia e eu crescemos juntas.  Brincamos muito, de tudo quanto era coisa.  Na adolescência, éramos cúmplices uma da outra, ficávamos horas conversando, ao som de Led Zeppelin e Peter Frampton, sonhando com os meninos mais velhos do bairro.  Crescemos e os diferentes caminhos que escolhemos nos afastou daquele contato que era sempre tão frequente e próximo.  Morei onze anos fora de São Paulo e o contato físico se tornou cada vez mais raro.

Mas não há distância no mundo que separe as pessoas que se querem bem.  Comigo e com a Vânia não poderia ser diferente.  Embora morando longe, sempre estivemos próximas uma da outra.  E foi com ela que sempre compartilhei muitas alegrias, dores, dúvidas e decisões importantes da minha vida. Ela sempre me ofereceu seu colo, seu carinho e muitas palavras de conforto e incentivo.

Sou uma pessoa privilegiada por ter uma família com tantas pessoas queridas, especiais e importantes para mim. A Vânia é uma delas! Não foi à toa que escolhi essa minha querida prima e confidente para ser madrinha do meu filho.  Sei que, se um dia precisar, ele estará em excelentes mãos (e coração).

Um comentário:

  1. BB,
    Estou sem palavras. Sem letras, sem texto. Me pegou em cheio. Principalmente hoje em que minha sensibilidade (nada modesta), está à flor da pele.
    Sinto-me como voce. Privilegiada por termos vivido e compartilhado com respeito, tantas coisas.
    Agora moramos perto de novo e mesmo assim, não nos vemos tanto. Mas como voce disse, não há distância entre pessoas que estão sempre ligadas por fios invisíveis de carinho.
    Fico imensamente feliz, em saber que lhe faço o bem e voce sabe que quando acolho, é de coração e peito aberto. Espero sim, continuar essa mesma caminhada em relação ao Léo.
    Espero também que um dia, quando ele entender melhor sobre as coisas da vida, ele tenha a certeza que estarei sempre aqui braços abertos para acolhe-lo.

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