Retalhos de amor
Diante de tantos espantos,
Passarinho prefere calar o seu canto
Cobre-se com folha-manto
E deixa chorar aos prantos
Dor tem que se sofrer
Por vezes, é preciso morrer
Doa o que tiver que romper
Pra mais tarde germinar e renascer
Nova lua cresce
Coração da dor se esquece
Outra vez brota e floresce
E mergulhado na poesia
Outro sonho amanhece